IRINY LOPES: UMA MULHER JUSTA

IRINY LOPES: UMA MULHER JUSTA.

A Revista ISTOÉ desta semana traz uma excelente entrevista com a Ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Iriny Lopes. A polêmica começou quando a Ministra pediu ao Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária que tirasse do ar o comercial da “Hope”, aquele em que a modelo Gisele Bündchen aparece como esposa, e que para acalmar o marido, fica de calcinha e sutiã.
Iriny Lopes não está discriminando a roupa veiculada no comercial, nem está querendo fazer apologia ao “falso” moralismo, mas apenas querendo ser justa, pois em sua opinião, o comercial é machista, uma vez que deixa subentendida a necessidade de a mulher persuadir o homem usando o corpo, como se esta não tivesse condição de pelo diálogo conseguir resolver uma situação conflitante.
“A publicidade é do produto, não da mulher. A hope poderia ter feito outro tipo de exibição durante o comercial da Gisele [...]. O problema é o conteúdo de certo e errado, que induz à compreensão equivocada de que as mulheres precisam do corpo como instrumento, em primeiro, segundo e terceiro lugar, para se impor. E que erotização pode reduzir uma reação mais violenta [...]. A propaganda estrelada pela Gisele é preconceituosa, pretende ser bem-humorada, mas estimula nas próprias mulheres a ideia de que precisa estar erotizada para superar, ganhar ou neutralizar uma reação negativa”. Disse a ministra Iriny Lopes (ISTOÉ, Nº 2187, 12/10/2011).
A mulher hodierna não precisa usar o corpo para resolver suas dificuldades, ela precisa, sim, usar o cérebro para resolver suas questões, inclusive as matrimoniais, pois uma mulher inteligente, dinâmica e produtiva impõe respeito tanto ao seu companheiro, quanto às pessoas ao seu redor. É o caso da nossa ministra que está fazendo a diferença por ser capaz, responsável e inteligente.
Mulheres brasileiras, tenhamos orgulho das “nossas” mulheres que estão no poder e estão fazendo algo mais por nosso País. Que elas sirvam de exemplo àquelas que ainda estão APENAS de avental (não que eu seja contra às tarefas domésticas, mas que essas tarefas não impeçam o nosso crescimento intelectual).
Portanto,vamos à luta contra o preconceito e o machismo.

Beijo no coração,

Virgínia Macedo.
Jampa, 11 de outubro de 2010.